Após encarada tranquila com Gustafsson, Jones “toma” cinturão das mãos de Dana White

Compartilhe:

A coletiva de imprensa do UFC 232, realizada nesta quinta-feira, em Los Angeles (EUA), teve como foco principal os questionamentos a respeito do picograma de “turinabol”, substância proibida encontrada no corpo de Jon Jones e responsável por forçar o Ultimate a retirar o evento deste sábado de Las Vegas. Entretanto, depois de responder às perguntas, “Bones” deixou para roubar a cena no final. Após encarada tranquila com Alexander Gustafsson, seu adversário no combate principal desta edição, válido pelo título vago dos meio-pesados, o americano “tomou” o cinturão das mãos de Dana White ao posar para as fotos e levou o público ao delírio.

Os recentes episódios de doping envolvendo Jon Jones se transformaram em arma aos seus desafetos. Gustafsson bateu nesta tecla o quanto pôde, reforçando que o adversário vai apanhar mesmo se utilizar “gasolina de foguete”, mas o ex-campeão rebateu.

– Você sempre diz a mesma m*** sem sal, disse isso antes de ser nocauteado no seu país. Cala a p*** da boca”.

Jones, que, erroneamente, chamou picograma de “pictograma”, foi corrigido pelos torcedores e tratou com bom humor a situação. Ele minimizou a substância encontrada devido à quantidade irrisória.

– Metade das pessoas que estão me julgando não abrem um livro de química desde o ensino médio. As pessoas estão ignorando que essa quantia é tão pequena que nem deveria ser mencionada. Não há efeitos. Se você dividir um grão de sal em 48 milhões de pedaços, você terá um picograma.

A mudança de local do evento, transferido de Las Vegas para Los Angeles, também foi abordada. Alexander Gustafsson lamentou os desdobramentos por ter afetado pessoas próximas.

– Tudo que Jones fala é besteira, é terrível. Temos fãs, família e amigos que tiveram que reagendar, replanejar, seja lá o que for. O que quer que ele diga, não dá para levá-lo a sério. Eu acredito (que ele seja um trapaceiro). Ele não está confiante, precisa colocar essas mer*** no corpo para se sentir confiante.

Do ponto de vista financeiro, Dana White, presidente do Ultimate e mediador da coletiva, revelou o prejuízo provocado pela alteração feita a uma semana do show.

– Isso nos custou seis milhões de dólares. USADA e UFC não iam colocar a reputação em jogo por uma pessoa, poderíamos colocar a luta em março, mas essa foi a decisão certa a tomar.

Enquanto Jon Jones e Alexander Gustafsson trocavam alfinetadas, Cris Cyborg e Amanda Nunes, integrantes da co-luta principal, observavam a dupla. Na primeira vez que a “Leoa dos Ringues” pegou o microfone para falar, ouviu gritos de “Cyborg” dos torcedores presentes.

– Treinei com pessoas grandes na academia. Essa (peso-pena) é a minha categoria original. Quando cheguei ao Strikforce foi assim. Estou aqui de volta – declarou a baiana.

Surpresa ao escutar uma pergunta sobre, supostamente, seu semblante estar sem energia, Cyborg, campeã dos penas, garantiu estar motivada.

– Eu tenho muita energia na minha cara, eu poderia lutar agora – disparou a curitibana, encarregada de recepcionar a baiana, campeã dos galos, na divisão de cima.

Favorita nas casas de apostas, Cyborg, que perdeu apenas uma luta na carreira, em 2005, dispensou o status.

– Nunca fico checando quem é a favorita ou não. O foco está nos meus treinos, isso não me afeta. Chego lá e faço meu trabalho, não levo em consideração o que há por fora disso.

Dana White – que antigamente não era um entusiasta de combates femininos – falou com empolgação do confronto.

– Tenho dito há muito tempo que era a luta que tinha que acontecer. Essas são as duas lutadoras mais duronas do mundo, sem dúvida.

O Combate transmite o UFC 232 ao vivo, na íntegra e com exclusividade no próximo sábado, a partir de 21h30 (horário de Brasília). O Combate.com transmite as duas primeiras lutas do card preliminar em vídeo e acompanha o restante do evento em Tempo Real.

Fonte: Correio do Lago