APP-Sindicato reforça contrariedade a militarização das escolas e faz manifestação nesta quarta, 28

Compartilhe:

O Governo do Paraná anunciou na última segunda-feira, 26, a transformação de 215 colégios do Paraná em Cívico-Militares, modelo que mescla gestão e ensino com a Polícia Militar e Professores Civis. Das 215, quatro estão localizadas em Foz do Iguaçu. A App-Sindicato encaminhou uma nota à imprensa reafirmando ser contrária a medida. A entidade também irá realizar uma manifestação nesta quarta-feira, 28, às 9h da manhã no Núcleo Regional de Educação (NRE)

Confira

Representante dos educadores(as) da rede estadual, a APP-Sindicato/Foz reafirma que sempre foi contrária à militarização de escolas públicas, e que defende a educação plural, democrática e humanista. Para a entidade, a transferência de escolas a militares é parte de um projeto político e ideológico mantido no Paraná e no país.

O sindicato também registra que não haverá eleição nas instituições cívico-militares, o que retira o direito da comunidade escolar – educadores, estudantes, pais e mães – de escolher seus representantes. Para a entidade, haverá transferência de professores e demissões de agentes educacionais, já que serão convocados militares da reserva para atuarem como monitores.

“O governador Ratinho Junior está destruindo a escola democrática para impor a escola da censura, do silêncio, da mordaça e da farda”, expõe o presidente da APP-Sindicato/Foz, Diego Valdez. “Esse processo retira recursos dos colégios estaduais para privilegiar espaços de difusão da disciplina e da ideologia de quartel”, completa.

De acordo com o educador, outro problema é a falta de debate. “Foi uma lei aprovada a toque de caixa, sem amplo debate. Agora, o governador anuncia as escolas que poderão ser militarizadas e quer que essas instituições façam referendo em dois dias, em plena pandemia, sem qualquer controle sanitário. Não há nenhum espaço de discussão sobre uma decisão tão séria, que interfere em comunidades e escolas, na vida de educadores e de estudantes”, frisa Diego.

Manifestação

A manifestação marca o dia do servidor público. Veja a pauta da manifestação:

Dia do(a) Servidor(a): vai ter luta!
A APP-Sindicato/Foz convoca professores(as) e funcionários(as) para ato público do Dia do(a) Servidor(a), nesta quarta, 28, às 9h, em frente ao NRE de Foz do Iguaçu.
Não há o que comemorar. Há muito pelo que lutar!
– pelo fim da terceirização de funcionários(as) de escola;
– contra a prova para PSS;
– contra a militarização de escolas públicas;
– pelo direito à vida: aulas presenciais só com controle da pandemia de covid-19;
– contra o congelamento de salários dos(as) servidores(as); e
– não à reforma administrativa (proposta por Jair Bolsonaro e que atingirá servidores(as) estaduais).

Fonte: APP-Sindicato/Foz