Manvailer é denunciado por homicídio qualificado pela morte de Tatiane Spitzner

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(Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)

O Ministério Público do Paraná (MPPR) ofereceu à Justiça, no final da tarde desta segunda-feira (6), denúncia contra Luís Felipe Manvailer, pela morte da esposa, a advogada Tatiane Spitzner, de 29 anos, na madrugada do dia 22 de julho, no prédio onde o casal morava, no Centro de Guarapuava.

Para a promotora Dúnia Serpa Rampazzo, da 2ª Vara Criminal de Guarapuava, Manvailer matou a advogada “mediante agressões físicas sucessivas” e a jogando “da sacada do apartamento”. O delegado responsável pelo caso, Bruno Miranda Maciozek, afirmou que o laudo da criminalística, feito no dia da morte, já apresentava fortes evidências de uma asfixia.

O MPPR denunciou o professor, de 32 anos, por homicídio qualificado por motivo torpe, uso de meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e condição do sexo feminino (feminicídio). Além disso, ele também foi denunciado por cárcere privado, “uma vez que impediu, mediante violência, que a ofendida se afastasse do denunciado, por pelo menos três vezes, constrangendo-a a deixar a garagem do edifício em sua companhia, a permanecer dentro do elevador e a ingressar no apartamento em que residiam, restringindo a liberdade de locomoção da vítima, conforme as filmagens do circuito interno de câmeras do edifício”.

Por fim, Manvailer também foi denunciado por fraude processual, “mediante a remoção do corpo da vítima do local da queda e limpeza de vestígios de sangue, conforme imagens do circuito interno de câmeras”.

A promotora, no entanto, optou pelo arquivamento do crime de furto, por conta do professor ter utilizado o carro da vítima para fugir.

A família de Tatiane sempre negou qualquer possibilidade da advogada se jogar do prédio afirma que ela nunca apresentou nenhum sinal do tipo suicida.

Câmeras de Segurança

Na última sexta-feira (3), imagens de câmeras de segurança do prédio onde Tatiane foi encontrada morta, foram divulgadas e mostram momentos em que a jovem é agredida pelo marido, pouco antes da queda e Manvailer ainda aparece arrastando o corpo para dentro do apartamento antes de fugir com o carro de Tatiane.

Redes Sociais

A dor da perda de Tatiane fez a irmã, Luana Spitzner, criar páginas nas redes sociais para alertar mulheres relacionamentos abusivos e a importância de denunciar qualquer tipo de violência sofrida.

Resposta da defesa

Sobre a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Paraná no apuratório da morte de Tatiane Spitzner, a defesa técnica de Luis Felipe Manvailer informa que mantém sua posição de permanecer no aguardo do resultado de exames periciais no corpo da vítima (exame de necropsia), no apartamento do casal, nas câmeras de segurança, nos smartphones, computadores e HDs apreendidos e na realização de reprodução simulada dos fatos com a participação do acusado.

Nesse momento é importante reafirmar que qualquer posicionamento sobre o caso, seja dos Delegados, Promotores, Advogados de Acusação ou de outro profissional que tenha participado do todo ou de parte deste apuratório (que sequer se encontra efetivamente concluído, já que pendentes importantes diligências) estará tratando de hipóteses especulativas, baseadas em fragmentos, que destoam de comprovação técnica científica.