Brasil participará de estudo sobre eficácia da vacina contra o HIV

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A vacina contra o vírus da imunodeficiência humana (HIV, na sigla em inglês) está em desenvolvimento há cerca de quatro décadas e caminha para a criação de um imunizante que seja capaz de proteger o sistema imunológico contra a Aids.

A pesquisa recebeu um incentivo financeiro da farmacêutica Janssen, contando com duas vacinas combinadas e atingindo a fase final do estudo clínico em 8 países.

O desenvolvimento das pesquisas continua e terá a terceira etapa do estudo clínico iniciada em vários países, incluindo o Brasil. O processo de recrutamento de voluntários iniciou no final do ano passado e irá ocorrer até o mês de setembro deste ano, acontecendo nas principais capitais do país.

O objetivo do ensaio clínico é identificar qual a taxa de eficácia da vacina em pessoas de faixas etárias diferentes. A etapa de testes em humanos é comum durante o desenvolvimento de um imunizante, ocorrendo também em vacinas contra a Covid-19.

Além do Brasil, a pesquisa também é feita na Argentina, Itália, México, Peru, Polônia, Espanha e Estados Unidos. O estudo deve reunir cerca de 3,8 mil voluntários. As inscrições começaram em novembro de 2019, foram suspensas em razão da pandemia de covid-19 no ano passado e foram retomadas por volta de junho de 2020.

Os voluntários são selecionados a partir de um questionário. Eles devem estar dispostos a passar por avaliações médicas, consultas de aconselhamento e testes regulares para o HIV.

Os voluntários de testes clínicos são divididos em dois grupos: aqueles que recebem doses do produto ativo e os que recebem placebo. Esse método é fundamental para saber se um imunizante é seguro e eficaz.

O objetivo é que o grupo imunizado esteja mais protegido contra determinada doença infecciosa em relação aos que receberam placebo.

Para especialistas, não há dúvidas de que a vacina é a melhor forma de evitar o avanço do HIV em todo o mundo, que atualmente tem cerca de 38 milhões de pessoas infectadas pelo vírus. Essa imunização é a forma mais eficaz de erradicar doenças infecciosas.

Desde o início da busca por uma vacina contra o HIV, há cerca de 40 anos, o conhecimento sobre o vírus avançou muito. Isso se deve também a muitos estudos que não conseguiram atingir o objetivo de descobrir um imunizante eficaz, mas ajudaram a avançar no tema.

 

Fonte: TudoCelular/Estado de Minas